Foto-sinta-se era um projeto de um livro, com textos meus, casados com fotos minhas e de amigos. O nome veio de um texto (o primeiro do Blog). Enquanto o sonhado livro não sai (nem as fotos perfeitas para os textos), fica na net uma semente deste projeto! Espero que curtam!!!
quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010
Poética - Manoel Bandeira in Libertinagem
Estou farto do lirismo comedido
Do lirismo bem-comportado
Do lirismo funcionário público com livro de ponto
[expediente protocolo e manifestações
[de apreço ao sr. diretor
Estou farto do lirismo que pára e vai averigurar no
[dicionário o cunho vernáculo de um vocábulo
Abaixo os puristas
Todas as palavras sobretudo os barbarismos universais
Todas as construções sobretudo as sintaxes de exceção
Todos os ritmos sobretudo os inumeráveis
Estou farto do lirismo namorador
Político
Raquítico
Sifilítico
De todo lirismo que capitula ao que
quer que seja fora de si mesmo.
De resto não é lirismo
Será contabilidade tabela de co-senos secretário do
[amante exemplar com cem modelos de cartas e
[as diferentes maneiras de agradar às mulheres, etc.
Quero antes o lirismo dos loucos
O lirismo dos bêbados
O lirismo difícil e pungente dos bêbados
O lirismo dos clowns de Shakespeare
- Não quero mais saber do lirismo que não é libertação
terça-feira, 23 de fevereiro de 2010
Essência é essência
Há um ano atrás escrevi um texto sobre transformar o azedo em doce, inflexível em flexível, enfim...
Estes dias, um amigo leu o texto e me disse: Escuta, não tente transformar o azedo em doce. Deixe o azedo de lado e dê mais espaço para o doce que já existe.
Na mesma hora me deu um "click".
Meu Deus!!!
Passei tanto tempo tentando transformar a essência dos sentimentos, ao invés de simplesmente largar aquilo pra trás.
Putz...como a gente perde tempo tentando fazer a coisa certa do jeito errado.
Essência num muda.
O azedo jamais será transformado em doce.
Por mais açúcar que se coloque no limão, o azedo do limão sempre estará presente.
Obrigada querido!!!
Click importante!!!
Amo você!!!
Paula Poc
Foto: Paula Poc
terça-feira, 9 de fevereiro de 2010
Ansiedade mata a gente morena
Sei que sou ansiosa há muito tempo. Mas somente agora me dei conta do quanto isso já me prejudicou. Quantas pessoas e coisas já afastei de mim por não saber esperar.
Cada um tem seu tempo, de ação, de digestão, de evolução.
Tenho que cada vez mais me dar conta de que no final das contas eu não posso controlar nada, portanto, preciso ser e deixar ser.
Preciso exercitar a paciência versus a ansiedade.
A flexibilidade versus a intolerância...
Enfim...na terapia, na yoga, na consciência...sempre buscando evolução...
Paula Poc
Foto: Paula Poc
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