sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

MIMO-TE


Não és um troféu
Uma vitória
Um simples mimo
Ou prêmio de consolação
Não se trata de ganhar
De perder
De empatar
Ou de ilusão
No momento
Não és nada sozinho
Juntos somos pura emoção
Dois corpos imantados
Fora da razão
Surreal atração
Conexão perceptível
Desejo inatingível
O que é certo?
O que é errado?
O que fala mais alto?
Quem sabe então?
Razão?
Tesão?
Emoção?
Coração?
Busca no sono o conforto que encontrarias nos braços
Na entrega ao travesseiro, uma resposta
Na fuga, os ombros que lhe foram negados
Acalenta-se nos lençóis
Procura o perfume onde não estás
Enxerga um sorriso onde não se encontra
Visualiza lindos lábios fugitivos
Sente a presença, ainda que distante
Invade-se por olhos nus
Dói na presença
E mais ainda na ausência
Que pouco dura e muito angustia
Pra quem entregas esta boca que tanto desejam outra boca
Com quem divide a luz dos olhos se tanto refletem outros olhos
A quem e porque se entrega se mesmo acordado sonhas com outra
A roda da vida responderá
Enquanto isso, aguarda-se presença desacompanhada
Sem medos
Sem mágoas
Sem comodismos
Asa se tem pra voar

Paula Orsi Cruz
15/10/2007

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